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Aprendendo com as Mulheres da Bíblia I

26-07-2012 15:20

Ana a Esperança na Infertilidade.

A viagem anual para adorar em Siló deve ter sido árdua para Ana. Ela era a esposa favorita de seu marido, Elcana, mas a outra esposa, Penina, tinha filhos. Em adição à agonia da infertilidade, Ana vivia o desespero que mulheres sem filhos enfrentavam naquela cultura, uma vez que isso determinava o valor delas. Ser estéril significava que Ana era amaldiçoada por Deus e viveria na miséria quando enviuvasse. 

 

“Onde está Deus?”, ela deve ter perguntado enquanto suas orações ficavam sem resposta ano após ano. Nessa jornada a Siló, Penina gostava de fazer Ana sentir-se miserável. Imagine como Penina a insultava por cima das vozes de seus filhos e filhas. O marido de Ana, Elcana, teve boas intenções, sem dúvida, quando perguntou: “Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” (I Samuel 1.8). Como poderia ela explicar?
Ana foi encontrada orando com tamanha emoção na presença de Eli, o sacerdote, que ele achou que ela estivesse bêbada e lhe disse: “Aparta de ti o teu vinho” (I Samuel 1.14). Você é capaz de imaginar como Ana se sentiu? Penina a insultou, seu marido tentou animá-la sem muito cuidado e, sem seguida, o sacerdote a acusou de estar embriagada.
Acrescente tudo isso à luta de Ana contra a infertilidade. Como conseguiu se explicar ao sacerdote sem explodir? Na realidade, ela fez justamente isso; mas Eli garantiu-lhe que Deus responderia sua oração. Não cedendo ao ceticismo, ela sentiu-se muito melhor.
Conforme o esperado, Samuel nasceu. Poucos anos mais tarde, Ana levou o garoto – seu único filho – a Eli para servir ao Senhor “por todos os dias que viver” (I Samuel 1.28). Não era tentador ficar com o filho que tanto pedira? Podemos imaginar a gratidão habilmente cultivada e força de caráter dessa mulher, capaz de renunciar a criança que tanto desejara.
Ana então dedicou uma canção que se tornou conhecida em Israel (I Samuel 2.1-10). A canção fala da habilidade de enxergar além do “eu” e focalizar nas lutas daqueles que estão ao seu redor. Mostra a compreensão que Ana tinha dos caminhos de Deus.
Ela cantou não apenas sobre como Deus a beneficiou – “A estéril deu à luz sete filhos” (I Samuel 2.5), mas também sobre a obra de Deus – “Porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo” (I Samuel 2.8) e a maneira como Deus age no mundo – “Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória” (I Samuel 2.8).
Depois de alguns anos, Ana e Elcana tiveram três filhos e duas filhas, mas Ana nunca esqueceu-se de Samuel. Ela confeccionava uma túnica especial de linho para ele todos os anos.
Com lutas pessoais como essas – esterilidade, inveja, problemas relacionados a filhos – é fácil concentrar-se em si mesma e tornar-se amarga. Ana tinha uma enorme força de caráter que a impelia a devotar-se a Deus e a enxergar além de si mesma.

Fonte: Bíblia de Estudo da Mulher

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